A IGREJA DE SARDES - A IGREJA MORTA (1520 d.C. - TRIBULAÇÃO) - Ap 3:1-6

16/12/2012 14:02

 

 

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.(1) Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrerporque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. (2) Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (3) Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. (4) O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. (5) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (6)”

1 - CONTEXTO HISTÓRICO:

 

A cidade antiga de Sardes, hoje apenas ruínas perto da atual vila de Sarte na Turquia, considerava-se impenetrável. Era amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável. Precipícios íngremes protegiam a cidade, de modo que não podia ser escalada.  Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. De fato, a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. Seus habitantes eram orgulhosos, arrogantes, e autoconfiantes.

  

 

 

Situada numa rota comercial importante no vale do Hermo, com a parte superior da cidade (a acrópole) a quase 500 metros acima da planície, nos rochedos íngremes do vale. Era uma das cidades mais magníficas do mundo naquele tempo. Era próspera, em parte devido ao ouro encontrado no Pactolos, um ribeiro que passava pela cidade. A cidade antiga fazia parte do reino lídio. Pela produção de ouro, prata, pedras preciosas, lã, tecido, etc., se tornou próspera. Os lídios foram o primeiro povo antigo a cunhar regularmente moedas.

 

 

Em 546 a.C., o rei lídio, Creso, foi derrotado pelos persas (sob comando de Ciro o Grande). Soldados persas observaram um soldado de Sardes descer os rochedos e, depois, subiram pelo mesmo caminho para tomar a cidade de surpresa durante a noite. Então, a cidade orgulhosa foi derrotada pelo rei da Pérsia, quando este cercou a cidade por quatorze dias; e quando os soldados de Sardes estavam dormindo, ele penetrou com seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a cidade. Mais tarde, em 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. E isso por causa da autoconfiança e falta de vigilância de seus habitantes. Os membros dessa igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: "Se não estiveres alerta, virei como um ladrão" (Ap 3.3).

 

     

 

A cidade foi reconstruída no período de Alexandre Magno e dedicada à deusa Cibele, identificada com a deusa grega Ártemis. Essa divindade padroeira era creditada com o poder especial de restaurar a vida aos mortos. Mas a igreja estava “morrendo” e só Jesus poderia dar vida aos crentes.

 

     

 

No ano 17 d.C. Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério. A cidade tornou-se famosa pelo alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou.

 

PERFIL DA IGREJA DE SARDES

 

Quando João escreveu essa carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado, e seus habitantes entregavam-se aos encantos de uma vida de luxúria e prazer. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A igreja não era nem perigosa nem desajável para a cidade de Sardes.

E nesse contexto que vemos Jesus enviando essa carta à igreja. Sardes era uma poderosa igreja, dona de um grande nome. Uma igreja que tinha nome e fama, mas não vida. Tinha desempenho, mas não integridade. Tinha obras, mas não dignidade.

 

A essa igreja Jesus envia uma mensagem revelando a necessidade imperativa de um poderoso reavivamento. Uma atmosfera espiritual sintética substituía o Espírito Santo naquela igreja, diz Arthur Bloomfield.  Ela substituía a genuína experiência espiritual por algo simulado. A igreja estava caindo em uma sonolência espiritual e precisava de reavivamento. O primeiro passo para o reavivamento é ter consciência de que há crentes mortos e outros dormindo, e todos eles precisam ser despertados.

 

Não é diferente o estado da igreja hoje. Ao sermos confrontados por aquele que anda no meio dos candelabros, precisamos também tomar conhecimento de nossa necessidade de reavivamento hoje. Devemos olhar para essa carta não como uma relíquia, mas como um espelho em que vemos a nós mesmos.

Alguns poucos crentes desta igreja eram realmente vivos e não contaminaram suas vestes. A palavra "Sardes" quer dizer os que escapam ou os que saem. Ao relacionarmos esse nome com a condenação de Cristo a essa igreja, o resultado será uma descrição perfeita das igrejas da época da Reforma.

Por isso, a igreja de Sardes representa também o período histórico da Reforma Protestante, que ocorreu em 1520 d.C. A Reforma Protestante ocorreu como resultado da contínua prática da igreja de Roma nas doutrinas pagãs em vez da permanência nas Escrituras.

O ponto principal de protesto à Roma era justamente o que Martin Lutero citava em Romanos 1:17, que diz que "o justo viverá pela fé". Em 31 de outubro de 1517, Martin Lutero publicou 95 teses provando que a doutrina da igreja de Roma estava totalmente equivocada e pagã à luz da Bíblia.

 

               

As igrejas da Reforma passaram a não mais praticar a salvação pelas obras (o que Roma impunha até então) para declararem que a salvação, na realidade, vem pela fé. Até aí, o movimento Protestante foi realmente benéfico e Satanás recebeu um contra-ataque aos seus planos de manter a igreja contaminada sob o seu controle.

Porém, o grande problema depois da Reforma foi outro contra-golpe de Satanás, que novamente usou da estratégia da contaminação para anular qualquer ameaça de avivamento na época.

Em primeiro lugar, as próprias igrejas da Reforma acabaram se convertendo em igrejas do Estado. Lutero, depois de ser tremendamente usado por Deus para iniciar o processo de reavivamento da igreja, usou de uma estratégia errada e buscou aprovação de líderes políticos alemães e a igreja luterana se transformou em igreja estatal da Alemanha.

E, assim, outros líderes locais do movimento protestante de outros países copiaram a mesma estratégia, respectivamente. A tragédia dessa estratégia foi que, sendo estatal, automaticamente toda a população do país estava automaticamente inserida dentro da igreja, e anulava a necessidade da aceitação individual de Jesus Cristo para salvação. Mais um efeito colateral da estratégia foi que havia sempre a tendência de se satisfazer primeiro o governo do que a Deus.

Em segundo lugar, Satanás procurou paralisar o efeito real que a Reforma traria à igreja de Jesus Cristo no intuito de manter a contaminação impregnada, de uma maneira ou de outra. E teve um certo êxito. Muitos dos costumes pagãos de Roma acabaram permanecendo dentro das igrejas da Reforma.

Esses dois fatores fizeram com que o Espírito Santo de Deus continuasse sem espaço para agir, porque não se ministrava o Evangelho, nem um encontro pessoal com Jesus Cristo. Sem isso, uma igreja é literalmente morta.

Cabe uma observação importante aqui: Nem por isso devemos julgar Lutero, porque ele foi mesmo escolhido e usado por Deus para iniciar o ressurgimento da verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Assim como Lutero, até Davi errou ao longo de sua vida com Deus (assassinou, adulterou) mas nem por isso deixou de ser homem segundo o coração de Deus (Atos 13). Lutero era SIM homem segundo o coração de Deus. Prova disso é que Satanás, no fim das contas, não pôde impedir o ressurgimento e o avivamento da Igreja de Jesus Cristo ao longo da história até os dias de hoje.

 

 

2 - CONTEXTO BÍBLICO:

Frequentemente julgamos os outros pela aparência. Observamos o comportamento e tentamos entender os motivos. Jesus julga os corações. Ele vê o caráter verdadeiro de cada pessoa e de cada igreja. Quando enviou esta carta ao mensageiro da igreja em Sardes, ele contrariou a impressão popular dos discípulos. Apesar de ter a reputação de uma igreja forte e ativa, ele viu as falhas e sabia que aquela congregação já estava quase morta. Se não voltar a viver, seria tomada de surpresa, como se fosse por um ladrão. 

A Fundação da Igreja em Sardes

Assim como em Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira, o Evangelho pode ter chegado naquela cidade através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).

A Condição da Igreja em Sardes

“Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. (1)

Em sua apresentação nesta carta, Jesus se revela de duas maneiras:

Aquele que tem os sete espíritos: Sete representa a totalidade e a perfeição divina. A expressão “sete espíritos” descreve a plenitude do Espírito Santo que é único.  Não é por acaso que a plenitude do Espírito é aqui destacada. É o Espírito Santo quem dá plena vitalidade a uma igreja local. No Novo Testamento vemos o Espírito Santo atuando na igreja de várias formas, dentre as quais: Revestindo de poder (At 1.8; 2.1-4; 4.31), trasladando sobrenaturalmente (At 8.39-40), orientando na separação de obreiros (At 13.1-3), participando das decisões conciliares (At 15.28-29), direcionado as missões (At 16.6-10), distribuindo dons à igreja (1 Co 12.11). Ao mudar de atitude em relação ao Espírito, uma igreja local pode iniciar um processo de morte. Os passos para isso são geralmente os seguintes: Resistir ao Espírito (At 7.51), entristecer ao Espírito (Ef 4.30), extinguir /apagar o Espírito (1 Ts 5.19), blasfemar contra o Espírito (Mt 12.31-32).

Aquele que tem as sete estrelas: Da mesma forma que no caso dos sete espíritos, as sete estrelas falam da plenitude do senhorio de Cristo sobre a sua Igreja. Ele é o Senhor absoluto sobre ela. A Igreja tem dono, e pode ter certeza que não é nenhum pastor ou líder nacional, regional ou local. Jesus não tem sócios na Igreja.

Infelizmente, o quadro de saúde espiritual de Sardes tinha se agravado tanto que a igreja não estava mais em coma, e sim morta. Com cerca de 60 anos de fundação, a igreja chegou ao fundo do poço. Interessante é que a igreja mantinha a sua reputação de viva diante dos homens, mas diante de Deus, que não se engana com reputação, estava morta. Sardes se tornara esteticamente e aparentemente viva, mas espiritualmente e essencialmente morta.

- Conheço as tuas obras: Como nas outras cartas, aquele que estava no meio dos candeeiros conhecia perfeitamente as obras e os corações das igrejas. 

- Tens nome de que vives, e estás morto: Esta frase ilustra perfeitamente a diferença importante entre reputação e caráter. A reputação é a fama da pessoa, o que os outros acham que ela é. O caráter é a essência real da pessoa, o que realmente é. As outras pessoas podem ver somente por fora, mas Jesus vê o homem interior e sonda os corações. Ele não pode ser enganado por ninguém. A igreja de Sardes teve a reputação de ser ativa e viva, mas Jesus sabia que estava quase morta. Ele não fala de perseguição romana, nem de conflitos com falsos judeus. Não cita nenhum caso de falsos mestres seduzindo o povo ao pecado. Ele fala de uma igreja aparentemente em paz e tomada por indiferença e apatia. A boa fama não ocultou a verdadeira natureza desta congregação dos olhos do Senhor. 

Algumas igrejas no Brasil, assim como a igreja em Sardes, gozam de uma grande reputação nacional. Grandes e majestosos templos, excelentes estruturas, escolas, faculdades, hospitais, abrigos, creches, etc. Tudo isso sinaliza para uma boa condição financeira e econômica. No campo político já consegue espaço com vários representantes no legislativo e executivo. Juízes, promotores, advogados, médicos, engenheiros, administradores e educadores são encontrados entre pastores e membros da igreja. Suas histórias, assim como a história das igrejas da Ásia Menor, foram marcada pelo poder atuante do Espírito, pelo ensino bíblico ortodoxo, pela marcante evangelização, pelo dedicado discipulado, pela fervorosa e sincera adoração, pela maravilhosa comunhão e por outras características e ações de uma igreja genuinamente cristã.

Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrerporque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. (2)

 - Sê vigilante: Por falta de cuidado, Sardes caiu aos seus inimigos em guerra. Espiritualmente, discípulos e igrejas caem por falta de vigilância. Muitas passagens no Novo Testamento frisam a importância da vigilância, pois o pecado nos ameaça (Mt 26:41; 1Pe 5:8). Falsos mestres procuram devorar os fiéis (At 20:29-31). Não devemos descuidar, porque não sabemos a hora que o Senhor vem (Mt 24:42-43; 25:13; Lcs 12:27-39; 1Co 16:13; 1Ts 5:6). O bom soldado toma a armadura de Deus e vigia constantemente com perseverança e oração (Ef 6:18; Cl 4:2). 

 - Consolida o resto que estava para morrer: Uma última tentativa de resgate (Jd 22-23). A igreja em Sardes estava quase morta, mas ainda houve uma esperança de salvar alguns, ou talvez até de reavivar a congregação. 

- porque Não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus: Para ter a reputação de ser uma igreja viva, parece que ainda havia alguma atividade em Sardes. O problema não foi a ausência total de obras, mas a falta de integridade delas. É possível defender a doutrina de Deus sem amar ao Senhor (2:2-4). É possível obedecer mandamentos de Deus sem inteireza de coração (2Cr 25:2). É possível fazer coisas certas com motivos errados. Os homens podem ver as obras; Deus vê os corações, também.

Assim como Sardes, e como qualquer outra igreja que já experimentou grandes momentos em sua história, não podemos de maneira alguma descuidar. Foi por isso que Jesus advertiu a igreja em Sardes (3.2)

Enquanto denominação evangélica, em que somos melhores uma que as outras? Sendo assim, se não ficarmos alertas, também morreremos. Já há sinais de morte em vários lugares, mas temos vida do Espírito ainda presente em várias congregações. A ordem é para fortalecer as pessoas e aquilo que de bom ainda há na igreja. Não nos basta ser uma grande igreja, é preciso ser uma igreja de obras perfeitas. Quantidade sem qualidade não tem valor no Reino de Deus.

Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (3)”

A ordem para a igreja em Sardes foi “lembra-te”. No grego o verbo se encontra no modo imperativo, no tempo presente e na voz ativa, ou seja, implica em uma ordem de Jesus que deveria ser cumprida durante todo o tempo pelos crentes em Sardes. A constante lembrança daquilo que recebemos e aprendemos é fator essencial para não entrarmos num processo de morte.

Assim como no caso de Éfeso, o arrependimento é também exigido. O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de frases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” aqui se deriva de metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição de o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).

- Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te: Como a cidade de Sardes olhava para seu passado glorioso, a igreja precisava lembrar as grandes bênçãos recebidas e voltar a valorizar a sua comunhão especial com Deus. Se esquecermos da palavra de Deus e da salvação do pecado, facilmente cairemos no pecado (2 Pe 1:8-9). Para nos firmar na fé, temos que lembrar do que temos recebido. Não é por acaso que a Ceia do Senhor foi dada como a celebração central das reuniões dos cristãos. Quando lembramos da morte de Jesus, do sacrifício que ele fez por nós, ficamos mais firmes em nossos passos rumo ao céu (1Co 11:24-26). Mas não é suficiente lembrar das coisas que ouvimos; precisamos guardar as palavras do Senhor. O evangelho não é apenas para ouvir; é para ser obedecido (2Ts 1:8; 1 Pe 4:17). No caso do povo desobediente de Sardes, teriam de se arrependerem para voltar às boas obras de obediência. 

Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti (3): A figura de um ladrão encontrando pessoas despreparadas é comum nas Escrituras. Jesus empregou esta idéia várias vezes no seu trabalho entre os judeus (veja Mateus 24:43; Lucas 12:39) e os apóstolos imitaram este exemplo nas suas cartas (1 Tessalonicenses 5:2-4; 2 Pedro 3:10). No Apocalipse, Jesus prometeu vir como ladrão, encontrando despreparadas as pessoas que não vigiavam (16:15). 

“Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. (4)

- Poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras: No meio de uma igreja quase morta, Jesus encontrou algumas pessoas fiéis! Este fato nos lembra de que o julgamento final será individual (2:23; 22:12). Cada um receberá “segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5:10). Embora as cartas fossem destinadas às sete igrejas, as mensagens precisavam ser aplicadas na vida de cada discípulo. A salvação não é coletiva; é individual. Ao mesmo tempo, não devemos interpretar este versículo para justificar tolerância de pecado aberto numa igreja. Pessoas que sabem do pecado e não agem para corrigi-lo não podem alegar ter vestiduras brancas, pois desobedecem a palavra de Deus (Gl 6:1-2; Mt 18:15-17; Tg 5:19-20; etc.). Não devemos ser participantes nem cúmplices nas obras das trevas (Ef 5:7,11). 

- Andarão de branco junto comigo: A pureza e santidade dos tais foram simbolizadas pelas roupas de cor branca. Sim, é possível viver em meio à corrupção espiritual e moral, e mesmo assim manter as vestes limpas e incontaminadas. Tal condição é indispensável para andar, caminhar lado a lado com o Senhor.

- Pois são dignos: Estes fiéis são dignos, não por mérito próprio, mas por serem pessoas salvas pela graça, pessoas que andam nas boas obras determinadas por Deus (Ef 2:8-10). 

O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. (5)

 - O vencedor ... vestiduras brancas: A mesma promessa feita aos puros em Sardes se aplica geralmente ao vencedor. Terá vestiduras brancas de pureza e vitória. As pessoas de vestiduras brancas participam da grande festa de louvor ao Cordeiro em 7:9. 

- De modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida: O "Livro da Vida" é mencionado várias vezes na Bíblia (3:5; 13:8; 17:8; 20:12,15; 21:27; Fp 4:3). Jesus disse que os nomes dos vencedores que se mantêm puros não seriam apagados deste livro (3:5). Em contraste, os que rejeitam a palavra de Deus e servem falsos mestres não têm seus nomes escritos no Livro da Vida (13:7-8; 17:8). No julgamento descrito em 20:11-15, esses são condenados ao lago de fogo. Por outro lado, na cidade iluminada pela glória de Deus, somente entram aqueles cujos nomes são inscritos no Livro da Vida (21:27). 

- Confessarei o seu nome diante de meu Pai: Jesus prometeu confessar diante do Pai todo aquele que confessa o nome dele diante dos homens. Prometeu, também, negar os nomes daqueles que se envergonharem dele (Mt 10:32-33; Mc 8:38). 

- Quem tem ouvidos, ouça...: Todos devem prestar atenção! 

Conclusão

O processo de morte de uma igreja pode acontecer lentamente, passando quase despercebido. As próprias pessoas na congregação, como outras pessoas olhando de fora, podem achar que esteja tudo bem. Jesus, porém, julga os corações e conhece o estado verdadeiro de cada igreja e cada discípulo. Quando ele nos chama para ouvir, devemos prestar atenção! 

– por Dennis Allan e outros

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