Aliança é comunhão
ALIANÇA É COMUNHÃO (At 2.41-47)
Introdução: Aliança é uma expressão muito utilizada em toda a Bíblia e significa um acordo, um pacto. Por diversas vezes Deus fez uso deste instrumento para que seu povo se aproximasse dEle e, desta forma, ser abençoado; hoje em dia não é diferente. Quando pensamos em aliança com Deus devemos pensar em compromisso, numa nova forma de viver.
1 - Aliança como rito: No Antigo Testamento (Ex 12.24-27) após eles terem conquistado a Terra Prometida eles deveriam celebrar um rito relembrando que o sangue nos umbrais das portas era o sinal de salvação, sinal de aliança com Deus. Já no Novo Testamento, a Ceia e o Batismo apontam a instituição da aliança com Deus. É o símbolo concreto de salvação.
2- Aliança como unidade: No texto base percebemos que os convertidos perseveravam (42). Eles insistiram na comunhão com Deus, não desistiram. Manter-se na aliança com Deus é manter-se em comunhão com Ele. Mas como fazer isso?
a) Perseverando na doutrina dos Apóstolos: Isso implica em sermos fiel aos ensinos bíblicos, às doutrinas da igreja onde fomos chamados por Deus para servi-lo.
b) Perseverando na comunhão: Nós precisamos estar juntos. Devemos reconhecer que o irmão/ã pode ter errado, mas também eu posso ter errado. Somos humanos, pecadores, mas também somos santos (separados para a obra de Deus). É preciso perdão! É preciso olhar nos olhos e, sem rancor, ter coragem em dizer: Me perdoe, eu preciso de você!
c) Perseverando no partir do pão: Aqui observamos dois aspectos:
1º - A dimensão social: todos tem direito ao pão/alimento; e
2º - A dimensão espiritual: é o rito, o Corpo de Cristo. É o tomar posse do perdão, o tomar posse da salvação. É o próprio sacrifício de Cristo. Isto não é só no momento da Santa Ceia, mas todos os dias.
d) Perseverando nas orações: Certa vez foi perguntado ao Bispo da Igreja Metodista da Coréia o motivo daquela igreja ser tão próspera em todos os sentidos. A sua resposta foi muito simples e objetiva: “A Igreja da Coréia é uma igreja que ora e é fiel nos dízimos”. A igreja em Atos estava em constante oração e com isso mantinha viva a chama da comunhão. Os exemplos são bem claros e nos mostram que a vida de oração diária é um grande desafio que a Igreja do Senhor precisa ter para ser poderosa.
Conclusão: Podemos concluir que aliança é comunhão, não é experiência individual, pelo contrário, é sempre comunitária. A aliança com Deus não é verdadeira se ela não nos compromete um com o outro e com o próximo.
Que o Eterno nos abençoe com sua aliança!
Pr. Clóvis Barbutti Lessa