Chamado,pastor e dificuldades

29/11/2012 22:39

 

 A dificuldade de pastorear

 Algumas pessoas exercem a liderança desde a mais tenra idade, nascem – como comumente chamamos – com o espírito de liderança e vão praticando-a no círculo de amizades, seja na localidade onde moram, na escola, nos esportes, etc. Outros recebem a imposição de liderança. Imposição essa que pode ser motivada por determinada função que exerce em meio a um grupo específico. A grande diferença entre essas pessoas é que o líder nato está constantemente ampliando seus limites e o outro fica restrito naquilo que lhe é determinado; às vezes, até mesmo isso é difícil de exercer.

Mas o que isso tem a ver com o tema a dificuldade de pastorear? Eu diria que tem muito a ver, pois é esperado que o pastor seja um grande líder, todavia o exercício do pastoreio é bem mais amplo do que qualquer conceito sobre liderança. É mais amplo porque precisa de unção de Deus e é justamente isso que faz a grande diferença. Graduar-se em teologia não é sinônimo de unção ou aptidão para o ministério pastoral. Infelizmente existem pessoas que não tem a oportunidade de cursar teologia por uma série de motivos, tais como: financeiro, distância, falta de tempo, nível cultural exigido, e, particularmente no nosso caso, Igreja Metodista, não podem exercer esse Ministério. Tenho plena convicção que Deus não pensa assim, pois se assim fosse Ele não teria usado um boiadeiro e cultivador de sicômeros para ser profeta (Am 7.14).

Tive a oportunidade de exercer vários cargos na Associação Evangélica do Jacarezinho, inclusive o de presidente. Trabalhando com um grande número de pastores de diversas denominações é que pude observar como pessoas tão simples, muitos sem a dita graduação, eram verdadeiros pastores. Pastores como podemos encontrar nas Sagradas Escrituras, no Salmo 23, por exemplo. Pastores que não encontram tempo difícil para pastorear, que a todo tempo estão cuidando das ovelhas, onde a ovelha é mais importante do que o valor financeiro que se recebe para cuidar dela. Não quero dizer que nós, pastores metodistas, não somos assim, pois a maior parte dos que conheço o é. Mas o contato com essas pessoas durante tão curtos oito anos, com certeza, somou muito para meu ministério. Aprendi através de ouvir e presenciar muitos testemunhos, com lágrimas, o que faltou aprender no seminário. Talvez, muitos deveriam passar por experiências como tive oportunidade de passar para saber que exercer a liderança pastoral é muito além do que tecer alguns comentários sobre tratados teológicos, fazer uso de algumas expressões de uso pouco comum para maioria de nossas ovelhas ou vestir uma camisa clerical.               

Alguns devem estar pensando em falta de ética, mas não considero falta de ética quando se questiona realidade, pois é preocupante quando pessoas têm a oportunidade de entrar no ministério pastoral e no decorrer de sua caminhada frente ao rebanho o que mais fazem é perder ovelhas por causa de uma liderança autocrática, fora dos princípios metodistas, colocando sempre seu título acima de tudo e de todos, esquecendo que de tudo que podemos fazer o mais importante é conduzir essas ovelhas para o aprisco, com muito amor, zelando a todo tempo para não perdermos uma se quer, pelo contrário, capacitando-as para que se multipliquem, mesmo que isso venha nos dar mais trabalho.

 

Espero que o Eterno nos ensine a cada dia a sermos obreiros aprovados.

 

                                                                              pr. Clóvis Barbutti Lessa

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