Deus e o homem
Introdução: Hoje abordaremos pontos doutrinários que nos ajudarão a conhecer um pouco mais da proposta de Deus para sua principal criação, o homem. Esperamos que o Espírito Santo nos conduza a uma profunda reflexão.
1) Da criação a queda do homem: (Gn 1.27s)
Deus criou o homem e colocou seus atributos (bondade, amor, misericórdia, compassivo, paciente, verdadeiro, fiel e justo) impressos nele e o fez administrador da criação. Ele orientou sobre o que se poderia e que não se poderia fazer, ou melhor, nem o homem e nem a mulher pode-riam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3.3). Mas Satanás induziu-os e eles comeram. Com essa desobediência o pecado entrou no mundo separando o homem de Deus; foi a queda do homem. Desta forma os atributos de Deus foram apagados e impressos os de Satanás que são justamente opostos aos de Deus.
2) O Pecado Original: (1Co 15.22)
Dia após dia, a cada etapa da criação, via Deus que “era bom” aquilo que Ele criara, mas a atuação de Satanás levando Eva, e posteriormente Adão, ao pecado da desobediência fez com que esse mal viesse corromper a terra e agora “viu Deus a terra, e eis que estava corrompida” (Gn 6.12a). A natureza adâmica, o DNA espiritual de Adão, a ação do pecado foi passando de um para outro ao ponto de Deus desejar destruir toda sua criação, mas Ele viu Noé e mudou seus planos.
3) O Arrependimento: (Jr 18.8)
Essa mudança do plano de Deus chamamos arrependimento. Todavia, o arrependimento de Deus é sempre a mudança de planos e é gerada em face da fidelidade ou infidelidade do ser humano. Isso é muito diferente do arrependimento do homem, pois nesse caso o arrependimento é motivado pela ação do Espírito Santo que faz com que o homem reavalie sua posição anterior que o levou ao pecado e tenha uma mudança de pensamento.
Muitos pensam que remorso e arrependimento são sinônimos, mas há uma diferença gritante entre os dois. O primeiro é um entristecimento motivado por um pecado, uma ação, ou mesmo uma palavra contra uma pessoa, mas não nos leva a uma transformação de vida. Já o arrependimento abre a porta para a conversão.
4) A Graça de Deus: (Sl 63.3)
O propósito áureo de Deus é dar vida plena, liberdade e fartura de bens ao homem, mas para isso acontecer existe duas condições básicas: obediência e fidelidade. No Jardim do Éden observamos que Deus sempre desejou dar de graça ao homem o melhor da criação, inclusive em suas diversas alianças Ele sempre propõe o convite para que ele venha desfrutar da graça (de suas bênçãos), mas sempre é interrompido pelo pecado, desobediência e infidelidade do homem. Todavia, a boa-nova é que Deus não desistiu de nós. A morte de Jesus na cruz é o ponto mais elevado da graça de Deus por nós, pois somos salvos pela graça; as boas obras são apenas conseqüências do amor que Deus coloca em nossos corações, mas não nos conduz à salvação.
5) A justificação pela fé: (Rm 5.1)
Nós não somos justos, somos justificados pelo sangue de Cristo vertido na cruz, o que torna favorável a remissão de nossos pecados; é a fé em Jesus Cristo que nos livra da ira vindoura. A validade dessa justificação para o homem dependerá de sua fé, ou seja, se ele crê no sacrifício de Jesus por ele. Aquele que é justificado Deus não imputa pecado para sua condenação, seus pecados são perdoados. Desta forma alcançamos as três consequências da justificação pela fé, que são: somos reconciliados com Deus (temos paz), temos vida na graça de Deus, e recebemos (ou temos) esperança. Aquele que não teve um encontro com Deus através de Jesus Cristo não entende o que é ser justificado e por isso as conseqüências citadas não fazem parte de sua vida, pelo contrário, ele viverá sob dois grandes tormentos: culpa que carrega por delitos cometidos no passado e a maneira com que lida com as pessoas que o cerca faz com que surjam muitos conflitos em sua vida.
Conclusão:
Estes cinco pontos abordados nos faz valorizar muito mais o que o Senhor tem feito por nós. Nossa esperança é que aquele que leu possa abrir seu coração e aceitar a proposta de Deus para a vida do ser humano.
Que Eterno abra nossa mente para estas verdades.
Pr. Clóvis Barbutti Lessa