Multiplicação, Visão ,Deus.
“E o que de minha parte ouviste de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.” (2Tm 2.2)
Introdução: A visão do discipulado possui várias fases e uma delas é a visão de multiplicação, visão esta que abordaremos nesta reflexão, sendo o nosso objetivo analisar como temos agido para a ampliação do Reino de Deus em nossas cercanias.
1 – Capacitação: O texto em referência, 2Tm 2.2, nos mostra que podemos ministrar de maneira a capacitarmos outro à também ministrar a outros. Isto é muito claro na determinação de Jesus em Mt 28.19-20, pois o “Ide” é para fazer discípulos, e faz-se discípulos ensinando para que este também possa ter condições a fazerem outros discípulos. O discipulado amplia nosso potencial, pois não trabalha com soma, mas com a multiplicação. Observemos a parábola do semeador em Mt 13, a proposta de Jesus é que a colheita seja de 30, 60 ou 100 por 1, isso quer dizer multiplicação.
2 – Nossa responsabilidade: É comum ouvirmos as pessoas orarem pela restauração do Brasil e comentarem que esperam que a resposta de Deus para esse assunto venha através um ou outro líder de grande expressão no meio evangélico. Porém se fizermos uma breve avaliação vamos verificar que a resposta não está em um líder, mas no potencial da Igreja do Senhor em multiplicar-se.
3 - Mudanças: É muito importante que nossa visão seja mudada de soma para multiplicação. Isso se dará mediante a mudança de nosso conceito de evangelismo, deixando de exercer um evangelismo tradicional (entrega de folhetos, culto ao ar-livre, etc.) para algo mais dinâmico. Não quero dizer que tais práticas devem acabar, mas deve-se ampliá-la. É neste momento que entra os Grupos Pequenos. A prática de vários grupos se reunindo e um líder em cada grupo ministrando não a uma pessoa mas a várias fazendo com que, em um ambiente agradável, as pessoas venham conhecer ao Senhor Jesus. Esta mudança de visão implica em um aumento de nossa responsabilidade, pois em vez de trabalharmos com uma pessoa de cada vez, estaremos trabalhando com várias e, por conseguinte, alcançando várias também.
4 – Deus tem pressa: É justamente por isso que Deus tem concedido à sua Igreja nos dias atuais a visão do discipulado. Da mesma forma que aconteceu na Igreja Primitiva (At 1.4; 2.4-6, 37-38) Deus tem feito em nossos dias. Ele está com pressa e por isso a necessidade da capacitação ser dinâmica através da ministração a várias pessoas, tendo como base as casas.
Conclusão: Este modelo, ou visão, coloca fim numa discussão antiga no meio de uma Igreja enfraquecida e conservadora: “é mais importante termos qualidade do que quantidade.” Durante muito tempo essa foi uma boa desculpa para igrejas desse tipo, mas hoje em dia há a necessidade de unirmos esses dois pontos, quantidade e qualidade, e assim ampliarmos o Reino de Deus. Esta é a nossa missão.
Que o Eterno nos torne grandes multiplicadores!
Pr. Clóvis Barbutti Lessa