Na trilha do discipulado

24/06/2012 23:18

 

Introdução: Temos vivido um tempo onde o evangelho tem sido pregado em diversas frentes e de maneiras variadas. Todavia, muita coisa está fora do padrão bíblico e isso faz com que muitos troquem o desejo de servir ao Senhor como princípio de vida e com o fim na salvação de suas almas por um Deus que pode dar alguma coisa em troca para aquele que teoricamente é seu seguidor. A igreja passa ser um referencial para que haja uma mudança social na vida das pessoas e acaba ficando apenas nisso. A necessidade do crescimento numérico não está relacionada com vidas salvas e santificadas e sim com o que essa igreja, ou sua liderança, pode obter com tal crescimento.

O discipulado bíblico vem de encontro a tudo isso, mas se faz necessário distinguir qual o discipulado que esta nas proximidades para que não entremos em um caminho errado, pois o bíblico tem como proposta conduzir pessoas para o Reino de Deus sem se preocupar com a condição social e cultural que a pessoa possui. O trabalho para realizar tal discipulado é muito grande e árduo devido às comparações que existem e também por causa das pessoas que já foram machucadas por outras formas de discipulado.  

Sendo assim, nossa proposta é estarmos juntos para desenvolvermos um projeto de discipulado aproveitando o que já está acontecendo na Igreja Metodista e com a nossa própria experiência adquirida no passado, entretanto, com estratégias apropriadas para nossa presente realidade.

 

Sobre o Discipulado: O discipulado é uma proposta neotestamentária para formar, acompanhar e gerar discípulos (pessoas que reproduzem) e pode ser entendido de duas formas: direto e indireto. O texto de Mateus 28.18-20 é a base para nossa missão, pois nele somos comissionados a fazer discípulos e para que isso venha acontecer de uma forma plena é necessário que ensinemos os princípios bíblicos que faz com que os novos na fé permaneçam na caminhada e, inclusive, dentro de um tempo próprio também se torne um discipulador; isso é nossa responsabilidade.

Precisamos entender que discipulado é muito mais do que um método, uma metodologia de ensino ou uma forma pedagógica. Discipulado é uma maneira de ser, um estilo de vida no expressar a fé, de testemunhar o evangelho das boas novas do Senhor Jesus Cristo. É preciso ter consciência que  discipulado não é o que eu faço é o que eu sou, até porque as pessoas podem esquecer o que eu prego, mas não esquece como eu sou, como eu vivo e, sendo assim, quando a igreja começa a viver nesta prática vamos ver que o segredo do sucesso da igreja em discipulado é a vida de oração com Deus e o seu elemento motivador é a paixão por Deus e pelas pessoas.

Para acontecer o discipulado é necessário mudar os valores da igreja na intenção de corrigir as falhas observadas durante a caminhada e implementar novas práticas como ferramentas de facilitação para melhor consolidação. Para isso é compreensível afirmar que o discipulado possui dois pilares: influência (novas práticas que podem ser introduzidas. Ex: facebook) e inspiração (aquilo que vem do Espírito Santo como orientação).

 

Consolidação: Uma das falhas que observamos no discipulado é o que diz respeito exatamente ao processo de consolidação, pois a falta de acerto nesse processo faz com que o novo convertido não consiga permanecer na igreja, pois ”consolidação é o cuidado e atenção dispensados ao novo na fé, para reproduzir nele o caráter de Cristo, levando-o a cumprir o propósito de Deus: dar frutos que permaneçam.” É preciso ter uma inquietação, pois vidas valem mais que coisas e por isso todo investimento que se possa fazer para que o maior número de pessoas tenha um encontro com o Salvador é importante que se faça. Um desses investimentos é a organização de um ministério onde o seu funcionamento bem ajustado possa dar resposta à evasão dos novos na fé. Naturalmente será necessário treinar os componentes desse ministério para que possam exercer com excelência o seu chamado de consolidador, pois existem muitos consolidadores de teoria, que dizem o que acham sobre o novo na fé e a colheita, são supervisores do culto, não vibram pelas conversões. Esses não transicionaram suas mentes e acham que consolidar o novo na fé é coisa do pastor ou líder, até querem vivenciar a colheita, mas não querem se colocar para serem sementes de uma transformação. É preciso entender que consolidar o novo na fé é fazê-lo discípulo e isso é responsabilidade daqueles que tiveram um encontro de salvação com Jesus Cristo, ou seja, eu e você.

Ainda encontramos muitas pessoas que quando sabe que uma pessoa que sentava ao seu lado no culto se afastou da fé e da comunhão culpa o pastor ou o líder, questiona o sistema eclesiástico, mas não assume que a culpa também é dele por simplesmente não ter observado, ou não querer observar,  que aquele seu companheiro de assento não estava bem. Quando o crente passar a viver um compromisso real na visão do discipulado ele se tornará um discipulador em excelência e com isso um consolidador atento a necessidade do seu próximo, que, inclusive, pode se tornar seu discípulo. 

 

Retomando os Grupos Pequenos: Cremos que está bem próximo o momento de retomarmos a prática dos grupos pequenos, ou seja, a utilização de mais uma ferramenta que nos ajudará no crescimento que temos como promessa de Deus. Sendo assim, o que precisamos inicialmente é de pessoas que estejam sensíveis a essa direção que o Senhor está nos dando para que cedam suas casas para o funcionamento dos grupos. Todavia, tais pessoas precisam ter uma característica comum que é ter um bom relacionamento com os vizinhos.

 

Relacionamento: Sem dúvida nenhuma o relacionamento é a chave para ser discípulo e fazer discípulo. Certa vez Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto vos conhecereis que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo 13.34s). O que podemos ver muitas vezes são pessoas dentro da igreja que não rompem em sua caminhada, porque são mal resolvidos nos relacionamentos com os outros. Isso atrasa o crescimento, frustra ministérios e entristece os seus líderes. Contudo, quando refletimos nas palavras de Martinho Lutero:  “Deus cria a partir do nada. Portanto, enquanto o homem não se esvaziar e se reduzir a nada, Deus não poderá fazer nada com ele.”, vemos que Deus pode realizar mudanças na vida de qualquer um, mas é preciso querer tais mudanças até porque “vidas valem mais que coisas” e muitas vidas estão dependendo de alguém que as discipulem. Se no coração do discipulador arde a paixão por aquilo que faz e se esse reconhece que algo novo precisa acontecer em sua vida para que os problemas relacionais que enfrenta sejam tratados, não tenho dúvida que o Senhor atenderá o seu clamor, pois essa é a vontade dEle, ou seja, ter pessoas saradas para ser instrumento de cura à outras pessoas.    

 

Algumas mudanças: Em relação as mudanças já foi citado que é preciso mudar os valores que a igreja insiste em ter, mas que não faz com que haja crescimento saudável. Para isso é preciso ter consciência daquilo que vem sendo feito e acabar com as programações infrutíferas e sem propósitos e, desta forma, remir o nosso tempo, pois os dias são maus (Ef 5.16) e precisamos de tempo para realização de capacitação, encontros de maturidade e crescimento espiritual e acima de tudo promoção de comunhão. Muitas vezes a realização de algumas programações cansa tanto ao ponto de fadigar aqueles que estão à frente e quando se vai observar o resultado final não houve conversão. Pior ainda quando o resultado é a comunhão quebrada, onde pessoas ficam insatisfeitas e aborrecidas entre si.

Com certeza a igreja precisa ter algumas programações especiais, mas essas precisam ter o propósito de celebrar a vida e, naturalmente, o discipulado deve estar inserido nela como um espaço cúltico de comunhão.

 

 

Propostas:

1ª – Retiro: Realizar um retiro de um dia que será de grande proveito para reacender a chama do discipulado que talvez tenha se apagado em alguns corações. Este retiro seria para no máximo 25 pessoas e iniciaria às 8h e terminaria às 20h e nesse período haveria quatro ministrações: Libertação, Cura Interior, Santificação e Consolidação. O custo seria de R$ 10,00 para cobrir as despesas com café da manhã, almoço e lanche à tarde. (sábado – 30/06)

2ª – Encontro de capacitação para o Ministério de Consolidação:  Promover um seminário na tarde de um domingo para o ministério de consolidação com fim de aprimoramento nesta área. (domingo – 8/7 – 15h30min às 17h30min)

3ª – Formação de Grupos Pequenos:  Encontrar casas para reinício dos Grupos Pequenos, bem como selecionar os líderes para tais grupos. Objetivo inicial termos cinco casas e dez líderes. (2ª quinzena de julho)

4ª – Discipuladores e Discípulos: Implementar a prática do discipulado direto onde cada um que participar do retiro possa se tornar um discipulador e venha discipular uma outra pessoa com o objetivo de que este tome uma decisão por Jesus Cristo.       

5ª – Festa da Colheita: Programar um culto especial com objetivo de apresentar todas as pessoas que foram alcançadas durante o período e, de preferência, realizar o batismo delas. (28/10) 

 

Conclusão: Entendendo que o Vento do Espírito está soprando em nossa direção através da força do discipulado o nosso desejo a partir das propostas acima é sermos conduzidos por este Vento e voarmos o mais alto possível alcançando novos horizontes e com isso novos discípulos, consolidando-os com paixão no coração e levando-os a também ser um redentoriano/a.

 

Que o Eterno nos ajude neste empreendimento para o Reino dos Céus.   

 

pr. Clóvis Barbutti 

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